sábado, 18 de junho de 2016

O Príncipe do Egipto - critica com spoilers



Por volta dos finais dos anos 90 e inicio da década de 2000, houve uma altura em que a Dreamworks fazia também filmes de animação tradicional, para além das suas animações computorizadas. O 1 º desses filmes foi o clássico “O Príncipe do Egipto”, o meu filme de animação não-Disney preferido, que vai receber a sua critica hoje. Por isso SPOILERS.

O filme é uma adaptação animada da história bíblica de Moisés, contada no livro do Êxodo, desde que foi adotado pela realeza como príncipe do Egipto, até quando se tornou o líder e libertador do seu povo hebreu que trabalhava lá como escravo. O filme aborda temas adultos como escravatura e religião. Posso dizer que antes de ver este filme, eu não era apegado á religião, apesar de eu ser cristão. Mas vi este filme e adorei, mesmo não ligando a isso.

Depois da sua introdução épica que mostra a opressão do povo hebreu e a mãe de Moisés, Joquebede, ter que o deixar a deriva num cesto para salva-lo da fúria do faraó Sethi só para ser encontrado e adotado pela mulher do faraó, o filme avança 20 anos, para mostrar Moisés e o seu irmão adotivo, Ramsés como amigos inesperáveis que pregavam partidas, que vai servir como um contraste para o destino oposto que os irmãos vão ter. Um como líder de um povo que sofre como escravo e o outro como o governante do reino que os trata como escravos.

A evolução do protagonista Moisés é um dos pontos fortes do filme. Ele começa como um jovem despreocupado até quando descobre a verdade sobre a sua origem e a verdadeira natureza do seu pai adotivo e foge do Egipto, sendo acolhido por uma tribo de hebreus que morava lá, na qual se casa e torna-se um pastor de ovelhas. Mas quando, alguns anos depois, ele encontra Deus através de um arbusto em chamas que lhe envia numa missão para salvar o seu povo lá, Moisés acha-se incapaz de fazer tal missão, mas Deus diz-lhe que com a sua vara, ele vai fazer os milagres. Aí Moisés parte na sua missão para salvar o seu povo que sofre agora nas mãos do seu irmão Ramsés.

O filme tem cenas impactantes, como por exemplo, a abertura da passagem do Mar Vermelho ou a ultima cena, em que Moisés dirige-se para o seu povo com as tabuas dos 10 mandamentos. Eu adoro este filme pela sua história profunda, o seu visual épico, a qualidade da sua animação que lembra os clássicos da Disney (não é coincidência que teve a mão de pessoas que já trabalharam lá) e as suas canções, especialmente a icónica canção ganhadora de um Óscar “When You Believe”, que recebeu uma versão pop cantada por Whitney Wouston e Mariah Carey.  Além disso, o elenco deste filme, tanto na versão original quanto na dobrada, está excelente e consegue encaixar-se nos seus respectivos personagens. Por fim, é um óptimo filme para se ver em família. E ensina que não devemos perder a fé quando as coisas estão más para nós.

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